After a month

Depois de um mês por aqui parei para pensar tudo que vivi nesse tempo…

O começo não foi fácil, mas era previsível que não seria impossível (Mamis me enviou a seguinte frase num momento difícil e que eu uso sempre: A vida é mais simples do que a gente pensa: basta aceitar o impossível, dispensar o indispensável e suportar o intolerável.);

Conheci pessoas que eu posso confiar e aquelas que tenho que manter o pé atrás;
Aprendi a comer, passear, lavar, cozinhar, assistir filme e me divertir sozinha (sim, eu consegui! rs É um tempo que aproveito para testar os meus limites e me conhecer melhor);

Descobri como eu tirava a minha mãe do sério quando brigava com o meu irmão (eu me vejo muito no irmão mais velho que eu cuido, o qual a todo momento tenta desafiar o menor e provocá-lo);

Posso dar um pouco de razão para os americanos preferirem a comida deles (todos os ingredientes da lasagna vem numa caixa, basta colocá-los em um recipiente e forno. Claro que o sabor não fica igual a nossa, mas dá para o gasto);

Como é bom fazer compras por aqui. Eu me dei o luxo de ir na liquidação da Victoria Secrets!;

Manicure e pedicure tornaram-se itens secundários. Acreditem se quiserem! rs Hoje, por acaso, eu mesma fiz os dois e digamos que ficou apresentável, até melhor do que eu esperava;

Entendi que os banheiros públicos tem apenas uma latinha fixa na parede ao invés de uma cesta de lixo, pois o papel higiênico é biodegradável e eles jogam no vaso sanitário. Vou dizer que é bem difícil acostumar com isso. No meu banheiro tem um cestinho, que eu faço questão de colocar uma sacolinha de supermercado. Me sinto mais em casa! rs Apesar de que mamis odeia sacolinha comum e compra as específicas;

Entre outras milhares descobertas, o que eu mais pude ter certeza é que não há lugar melhor no mundo que a minha terrinha e todos que ficaram por lá! Fiquem tranquilos… eu volto! rs

Pensando bem...

Pensando bem, este ano eu não tive e nem vou ter dia dos namorados. Thanks god! rs Nos Estados Unidos o Valentine’s Day é comemorado no dia 14 de fevereiro e no Brasil a data dos apaixonados foi na semana passada, dia 12 de junho. Eu não estava lá nem cá, mas resolvi postar um texto que retrata exatamente o que eu desejo daqui pra frente…

Pensando bem em tudo o que a gente vê e vivencia
e ouve e pensa, não existe uma pessoa certa pra gente.
Existe uma pessoa que se você for parar pra pensar é, na verdade, a pessoa errada.
Porque a pessoa certa faz tudo certinho!
Chega na hora certa, fala as coisas certas,
faz as coisas certas, mas nem sempre a gente tá precisando das coisas certas.
Aí é a hora de procurar a pessoa errada.
A pessoa errada te faz perder a cabeça, perder a hora, morrer de amor...
A pessoa errada vai ficar um dia sem te procurar
que é pra na hora que vocês se encontrarem
a entrega ser muito mais verdadeira.
A pessoa errada, é na verdade, aquilo que a gente chama de pessoa certa.
Essa pessoa vai te fazer chorar, mas uma hora depois vai estar enxugando suas lágrimas.
Essa pessoa vai tirar seu sono.
Essa pessoa talvez te magoe e depois te enche de mimos pedindo seu perdão.
Essa pessoa pode não estar 100% do tempo ao seu lado, mas vai estar 100% da vida dela esperando você.
Vai estar o tempo todo pensando em você.
A pessoa errada tem que aparecer pra todo mundo,
porque a vida não é certa.
Nada aqui é certo!
O que é certo mesmo, é que temos que viver cada momento, cada segundo, amando, sorrindo, chorando, emocionando, pensando, agindo,
querendo, conseguindo...
E só assim é possível chegar àquele momento do dia em que a gente diz: "Graças à Deus deu tudo certo"
Quando na verdade, tudo o que Ele quer é que a gente encontre a pessoa errada pra que as coisas comecem a realmente funcionar direito pra gente...

Luis Fernando Veríssimo

We all make mistakes!

Ir para a balada depois de uma semana de trabalho não tem preço, mas parar em local proibido custa, e muito! rs No último final de semana fui na minha primeira balada em Norfolk, VA. Antes de sair de casa a única coisa que meu host father disse foi: Don’t drink and drive! Se algum policial parar o seu carro e você estiver alcoolizado com certeza a noite de sono será na cadeia!

Busquei uma amiga e fui para o Granby Theater. O lugar é lindo e todos os assalariados da balada também (barman, segurança, dj)! rs Fiz até um filminho do lugar. Não dá para ver muito bem, mas eu resolvi postar assim mesmo:

Como chegamos cedo achei uma vaga ótima na rua. O meu carro era o último que cabia dentro da demarcação. Ok, eu quase ocupei duas vagas, pois não queria que ninguém parasse atrás, afinal o meu carro é grande e fiquei com medo de não conseguir sair depois. Entramos sem pagar, ficamos no camarote e os caras que estavam com a gente pagaram vários shots (o que é costume aqui e eu adoro! rs)! Eu não pude beber, mas a aparência era bem convidativa!

Adivinhem o que eu fiz a noite inteira??? Com certeza vocês acertaram a resposta: dancei, dancei e dancei! rs Eu não sou tão difícil, mas ainda não estou preparada para o jeito americano de dançar, por isso dancei sozinha e quando alguém tentava se aproximar fingia demência e conversava com a amiga que estava do lado. Uma ótima estratégia!

Aqui a farra acaba 1h30. Muito cedo pra mim! rs No entanto, não pude reclamar, pois a noite foi bem divertida! Beijos, boa noite e rumo ao carro. Foi quando eu olhei para a minha amiga e disse: Cara, cadê o meu carro? A primeira coisa que pensei foi que tinham roubado. Será que eu esqueci de trancar? Mas aí a minha amiga, que tem bem mais tempo de EUA do que eu, disse: com certeza o seu carro foi guinchado, pois não podia parar aqui! Antes isso do que a minha hipótese!

O pessoal que estava comigo foi bem solidário. Me ajudaram a resgatar o meu lindo carrinho, mas eu já adianto que não foi fácil... Depois de umas duas horas consegui a autorização do seguro para pegá-lo de volta. O detalhe é que precisei ligar para a minha host mother às 3h30, pois só com a permissão dela o seguro poderia passar o fax. A policial que me atendeu até falou para ela não ficar brava comigo! rs Os meus hosts são uns amores, não tenho do que reclamar. Depois de tudo resolvido ela mandou a seguinte mensagem no celular: Dont’worry. We all make mistakes. Drive home safely. Xoxoxo.

Pela pechincha de $ 135,00 eu pude levar o meu possante para casa e de quebra ganhei uma multa de $ 35,00. Aqui não tem jeitinho brasileiro que resolva! É óbvio que nós tentamos! rs

Minha primeira vez... longe de casa!!!

Não pensem que porque o layout do blog é azul eu deixei de gostar de roxo e lilás... não, essa definitivamente não seria a Chris. Por mais coincidência que seja, quando cheguei na casa da hostfamily o meu cobertor era lilás. Coisas do acaso. Essas ainda são as minhas cores favoritas, amo tomar cerveja, estar com os amigos e a minha família (que saudades de vocês), não perco nenhuma balada, não gosto de sair de casal e continuo paquerando! Algumas coisas não mudam, mas agora eu lavo a minha roupa, faço a comida e cuido de crianças!

Resolvi montar esse blog para poder dividir com vocês as minhas descobertas aqui na terra do Tio Sam e posso dizer que são muitas! Uma das primeiras foi quando conheci a minha hostfamily e fui viajar com eles para a praia. Claro que quando soube dessa viagem pensei que seria o máximo. Não foi ruim, mas sentada na praia e vendo os pássaros eu pude concordar com o poeta Antônio Gonçalvez Dias, pois as aves que aqui gorjeiam, não gorjeiam como lá...

A primeira vez nunca é fácil! A comida é diferente, os costumes são outros e a comunicação capenga por causa da língua! Hoje já me dou o direito de rir um pouco dessas situações, mas chorei muito nos primeiros dias, a Cynthia recebeu um milhão de ligações, meus pais tentaram me acalmar. A adaptação segue o seu rumo e acredito que daqui para frente cada vez mais.

Ah, quase me esqueci... O motivo do blog chamar Oreo aqui é uma brincadeira com a bolacha Oreo e a minha estadia nos Estados Unidos. No segundo dia de treinamento em Stamford recebi um kit de boas-vindas da hostfamily: cartão telefônico, vale do Starbucks e um pacote de bolachas Oreo. É muito parecida com a Negresco, mas o sabor é bem melhor! Desde então isso é o meu pecado capital. Quando vou ao supermercado preciso passar longe para não cair em tentação. Nem queiram saber quantas calorias tem essa delícia!